quinta-feira, 6 de maio de 2010

God on Trial - Deus no Banco dos Réus

No campo de concentração nazista de Auschwitz, um grupo de judeus coloca Deus no banco dos réus, sob a acusação de romper sua aliança com o povo judeu. Excerto do filme "God on Trial", da BBC escocesa.

É uma discussão muito interessante que mostra como o Deus do Antigo Testamento teve comportamentos humanos. Sentimentos mundanos de ira, inveja, vingança, crueldade.

O Antigo Testamento está em cada igreja e sinagoga do mundo. E é a raiz do cristianismo e judaísmo. Esse Deus do Antigo Testamento pede que mate qualquer pessoa que não crê nele e crê em outras divindades. É talvez, o personagem mais desagradável de toda ficção: injusto, racista, limpador étnico, orgulhoso, vingativo e inconsequente.
O vídeo mostra uma discussão de judeus que estão prestes a morrer no campo de concentração nazista de Auschwitz. Condições limites que trazem a tona a crença, o dogma e a fé como caminhos "perfeitos" para a vida humana. Eles nada mais fazem do que uma reflexão do que está escrito na Bíblia, tida como muitos como o modo correto de viver - porém outros como Saramago, dizem sê-la um "manual de mal comportamento"

A Bíblia reflete a cultura do seu tempo. Embora boa parte do seu enredo seja histórico, também ha uma boa parte que não é. Por exemplo, não há apoio contemporâneo para a história de Jesus fora dos evangelhos, que foram escritos por desconhecidos entre 30 a 80 anos depois da alegada crucificação (dependendo do perito que consultarmos). Muitos Relatos, como as histórias da criação, entram em conflito com a ciência. As histórias da Bíblia são apenas isto: histórias.

A Bíblia é contraditória. Um bom exempo é a discrepância entre as genealogias de Jesus dadas por Mateus e Lucas. A história da ressurreição de Jesus, contada por pelo menos 5 escritores diferentes, é irremediavelmente irreconciliável. Peritos descobriram centenas de erros bíblicos que não têm sido satisfatoriamente explicados por apologistas.
A Bíblia, tal como outros escritos religiosos, pode ser explicada em termos puramentes naturais. Não há razão para exigir que seja ou completamente verdadeira ou completamente falsa. O cristianismo está repleto de paralelos de mitos pagãos, e a sua emergência como seita messiânica do século II resulta das suas origens sectárias judaicas. Os autores dos evangelhos admitem que estão a escrever propaganda religiosa (joão 20:31), o que ´uma pista de que devem ser tomados com algumas reservas.

Thomas Paine, em The Age of Reason (A idade da Razão), indicou que a Bíblia não pode ser revelação. Revelação (se existe) é uma mensagem divina comunicada diretamente a alguma pessoa. Assim que essa pessoa o relata, isso se torna um rumor em segunda mão. Ninguém está obrigado a acreditar nisso, especialmente se for fantástico. É muito mais provável que relatos sobre o miraculoso sejam devidos a erro honesto, engano deliberado ou interpretação teológica meticulosa de eventos perfeitamentes naturais.

Alegações extraordinárias requerem provas extraordinárias. Um critério da história crítica é a suposição de regularidade natural ao longo do tempo. Isso exclui milagres, que por definição "passam por cima" das leis naturais. Se admitirmos a existência de milagres, então todos os documentos, incluindo a Bíblia, tornam-se inúteis enquanto história.



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