Canudos é aqui, entre Salvador e Simões Filho, na Baía de Aratu.
Após mais de 25 anos de redemocratização há ainda vários resquícios de repressão militar. Esse é o retrato de outro "brasil". Um retrato que não é a de pessoas ricas que aparecem na TV, nem de políticos que são coniventes com a violação. Há tantos "brasis" quanto possível e a diversidade e pluralidade não é respeitada.
Este filme mostra que a Marinha do Brasil deflagrou
nesta região guerra a um grupo de famílias negras descendentes de escravos que
vivem ali antes da chegada da marinha. Hoje constituem mais de 50 famílias
reconhecida pela Fundação Cultural
Palmares como remanescente de quilombo.
Entre os moradores há pessoas com mais de
100 anos que nasceram no mesmo local onde vivem até hoje. Só que agora sob
regime de tensão e violência, aterrorizados: garantem que
passam a noite acordados com medo de morrer (soldados passeiam à noite toda
pelas suas roças) e têm medo de sair pois quando voltar poderão encontrar a
casa derrubada.
O acesso à
comunidade é controlado pelo portão de entrada da Vila Militar, um condomínio
de residências de sub-oficiais da Marinha;
e os conflitos vêm, sobretudo, com a construção desta Vila, a partir de 1971.
As famílias da área foram removidas e desalojadas. Hoje estão proibidas de
plantar e sendo expulsas da área.
O filme denuncia
flagrantes desrespeitos aos direitos
humanos fundamentais
Link do vídeo no youtube.
Acompanhe do portal Bahia na Rede.
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